A estrutura regional da Madeira da PLATAFORMA NÃO OBRIGADA entende ser útil para total esclarecimento das pessoas realçar os Resultados obtidos na Região pela resposta NÃO. A percentagem obtida na Madeira pelo NÃO (65,44%) foi superior à percentagem que o SIM obteve a nível nacional (59,25%). O NÃO cresceu na Madeira 7.391 votos em relação aos votos de 1998, ou seja, 14,8 %, crescimento percentualmente superior ao que se verificou a nível nacional. Cinco concelhos madeirenses fazem parte dos dez nacionais onde o NÃO obteve mais votos. O NÃO ganhou em todas as freguesias madeirenses e em todas as freguesias capitais de concelho.
Onde o NÃO aumenta mais de votos é em freguesias mais urbanas, perdendo mais votos nas freguesias do Norte da Madeira ou menos urbanas. Em Santa Luzia o NÃO aumenta em votos e em percentagem. Não é assim correcto colar os Resultados do NÃO a hábitos menos urbanizados ou mais tradicionais, como temos ouvido. É aliás estranho que se use este argumento para desprestigiar o voto no NÃO mas o mesmo argumento não sirva para analisar resultados noutras Regiões do País, pelo Sim, como no Alentejo!
O esforço que a estrutura regional desenvolveu durante a Campanha teve resultados, factor que nos leva a saudar todos quantos se empenharam em difundir a mensagem e os valores de defesa da vida. O Povo da Madeira compreendeu e votou em maior número nos valores da VIDA e da DIGNIDADE HUMANA.
A PLATAFORMA entende que o Resultado deste Referendo não é para desanimar ou esmorecer. É necessário continuar a combater o Aborto – clandestino ou legal – e chamar o Estado à sua responsabilidade para com a defesa da vida, das políticas de apoio à maternidade e à família. A PLATAFORMA estará na primeira linha na defesa desses Valores essenciais a uma sociedade moderna e responsável, tão caros ao povo da nossa terra, como demonstraram os Resultados de domingo. Recentes notícias sobre a forma de “concretizar na lei” o resultado nacional do Referendo revelam que será necessário estarmos atentos e intervenientes. Não deixaremos de lembrar que o resultado não foi vinculativo e que o Presidente da Republica tem uma palavra a dizer em todo o processo!
Temos a certeza que os tempos, mais ou menos próximos, nos darão razão, e que muitas das nossas preocupações terão eco nas políticas e nas leis do nosso Pais.